3/22/2007

Preocupante

O Governo dirigido por José Sócrates ignorou um estudo feito em 1994 pela ANA – Aeroportos e Navegação Aérea – que apontava o Montijo como a melhor solução para um novo aeroporto em Lisboa. E a Ota era, então, a pior solução...
A NAER, Novo Aeroporto SA, empresa responsável pela realização dos estudos do novo aeroporto, garantiu ontem ao 24horas que “esse estudo está desactualizado em várias vertentes”.
Mas sem dúvida que vale a pena ler. A ANA estudou quatro localizações possíveis: Montijo A (sentido norte-sul), Montijo B (sentido este/oeste), Rio Frio e Ota. E a proposta Montijo B era a melhor de todas. Estava mais perto de Lisboa, sairia mais barato em 82 milhões de contos do que a Ota e seria uma obra de engenharia com menos problemas.
Acerca da Ota, vários pontos fracos eram apontados: “A localização”, pois é “a que se encontra a maior distância do centro da cidade”, e “o maior valor dos investimentos directos associados ao aeroporto”.
Segundo o estudo, e a partir do Montijo, o tempo médio de viagem até Lisboa seria de 20 minutos para fazer seis quilómetros – considerando uma ligação fluvial entre um terminal urbano no Parque das Nações e o aeroporto.
A partir da Ota, o tempo estimado era de “cerca de 25 minutos para 44 quilómetros” – prevendo ligações directas da Plataforma Intermodal da Expo 98.
Segundo valores de 1994, um aeroporto no Montijo B custaria 1,146 mil milhões de euros (229 milhões de contos) e a Ota 1,557 mil milhões de euros (311 milhões de contos). Ou seja, menos 80 milhões de contos gastos no Montijo (ver tabelas).
Quanto à construção, “as soluções de engenharia propostas” para a OTA implicavam “grandes volumes de terraplanagem”, concluía o estudo.